Esta semana, os bancos venderam US$ 5,5 bilhões em dívidas relacionadas à compra do Twitter (agora chamado de X) por Elon Musk em 2022. Esse movimento é um sinal claro de que a confiança de Wall Street no bilionário está aumentando, especialmente após sua ascensão política em Washington. Vamos entender o que está por trás desse cenário e o que isso pode significar para o futuro.
Por Que Essa Venda de Dívidas é Importante?
A venda dessas dívidas foi liderada por grandes bancos, como Morgan Stanley e Bank of America, e os investidores compraram os títulos por US 0,97 para cada dólar de valor inicial. Isso representa um aumento de US 0,20 em relação ao que os bancos esperavam na semana passada. Em outras palavras, a demanda foi maior do que o previsto, o que é um bom sinal.

Essa alta demanda reflete uma visão mais otimista de Wall Street em relação ao X, a plataforma de mídia social de Musk. Parte desse otimismo pode estar ligado ao apoio público de Musk a Donald Trump em sua corrida presidencial e ao seu novo papel no Departamento de Eficiência do Governo (DOGE), em Washington.
Um Alívio para os Bancos
Quando Musk comprou o Twitter em outubro de 2022 por US 44 bilhoes, os bancos forneceram 13 bilhões em financiamento. No entanto, com as dificuldades enfrentadas pelo X, esses empréstimos perderam valor, e os bancos não conseguiam vendê-los sem sofrer grandes perdas.
Manter essas dívidas por muito tempo pode ser um problema para os bancos, pois afeta sua capacidade de financiar novos negócios. Agora, com a venda bem-sucedida de parte desses títulos, os bancos conseguem aliviar parte dessa pressão. Ainda assim, eles ainda detêm cerca de US$ 6 bilhões em partes mais arriscadas da dívida, e não está claro se planejam se desfazer desses papéis.
O Retorno dos Anunciantes e o Papel da xAI
Um fator que ajudou na venda dessas dívidas foi o retorno de anunciantes ao X. Desde a aquisição de Musk, muitas empresas voltaram a investir na plataforma, o que aumentou a confiança dos investidores. Além disso, os bancos ofereceram um incentivo adicional: uma reivindicação sobre os interesses do X na xAI Corp, startup de inteligência artificial de Musk.
Essa estratégia parece estar funcionando, e Musk está aproveitando para reforçar sua imagem em Wall Street. Ele até mencionou em suas redes sociais que participará de um evento privado do JPMorgan nesta semana, onde falará sobre os benefícios das economias identificadas pelo DOGE para os mercados.
Musk em Washington: Eficiência ou Polêmica?
No DOGE, Musk está trabalhando para reestruturar ou até mesmo fechar agências governamentais, como a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Ele também anunciou que está cortando alguns pagamentos do Tesouro para combater “corrupção e desperdício”.
No entanto, essas ações podem enfrentar desafios legais, já que algumas medidas podem ser consideradas inconstitucionais. Mesmo assim, Musk parece determinado a seguir em frente, afirmando que “haverá menos dívida necessária à medida que pararmos de desperdiçar o dinheiro dos contribuintes”.
O Que Esperar do Futuro?
A relação entre Musk e Wall Street parece estar melhorando, especialmente após a reconciliação com o JPMorgan. Jamie Dimon, CEO do banco, chegou a elogiar Musk, chamando-o de “nosso Einstein” e mencionando que os dois “fizeram as pazes”.
Com o retorno dos anunciantes ao X, o sucesso da venda das dívidas e o novo papel de Musk em Washington, é possível que vejamos mais movimentos positivos no futuro. No entanto, os desafios legais e políticos que ele enfrenta podem complicar esse cenário.
Um Novo Capítulo para Musk e Wall Street
A venda bem-sucedida das dívidas ligadas ao X é um sinal de que Wall Street está renovando sua confiança em Elon Musk. Com o retorno dos anunciantes, o interesse na xAI e seu novo papel em Washington, Musk parece estar em uma posição mais forte do que nunca. No entanto, os desafios que ele enfrenta no DOGE e as possíveis ramificações legais de suas ações ainda são incógnitas.
Uma coisa é certa: Elon Musk continua sendo uma figura central no mundo dos negócios e da política, e seus próximos passos serão acompanhados de perto por investidores, governos e o público em geral. Fiquem de olho!